[Trevas Absolutas] O Demônio de Branco

[Uchiha Akio]

A paisagem muda para Shokujinki. Ele reconhece que não está mais em seu corpo, e o horizonte é um mar prateado que se estende em todas as direções, como que infinito e onipresente.

Só conhece uma pessoa que possui seu mesmo dom de comunicar-se a nível mental e até roubar as percepções e sentidos de uma pessoa. Que é...

"Olá, irmão"

Spoiler:

A figura está de pé à sua frente. Aquele que começou todas estas engrenagens que levaram até este momento.

Ootsutsuki Issunshiki. Seu irmão mais velho.

"Muitas atividades têm chamado a minha atenção para o 'planeta proibido'. Você, estar se misturando a humanos, é uma delas. Então você realmente nos traiu mais do que aquela pequena rebelião pela garota de baixa estirpe. Você me enganou, Shokujinki. Estou vendo as crias daquele mundo se espalhando sobre a superfície como insetos repulsivos"

"A minha pergunta é se você vai resolver esta situação e limpar a sua sujeira... ou eu vou fazer isto por você"

[Shokujinki]

"Não!!! Você..." ele se vê com a mesma aparência de antes, de quando era... uma pessoa indigna.



Levam alguns segundos para entre a confusão e o caos nos pensamentos de Shokujinki, ele reorganizar alguma maneira de ganhar tempo. Tempo: é a coisa mais valiosa que possuem, principamente se Issunshiki querer mesmo se aproximar daqui.

"Eu peço, se tem algum espaço para temer os esforços destes humanos e aprender com as lições dos outros, não se aproxime deste mundo. Eles já repeliram Kaguya uma vez. E Momoshiki. Você não vai encontrar uma resistência passiva aqui como na era de Kaguya, e sairá mais frustrado que no outro mundo. Eu... nós resolveremos esta situação sem precisar de você!"

[Uchiha Akio]

"Você tem medo de mim... ou medo do que eu faça com aquelas pessoas às quais se afeiçoou?"

A voz de Issunshiki não tem nenhuma entonação emocional, chega a ser mais seca e neutra do que a de Sakradevanam.

"Você era para ser maior do que eu mesmo. Maior do que muitos de nós. Tão habilidoso. Tão estudioso do que o chakra pode fazer, capaz de encontrar qualquer coisa em qualquer mundo. Só tinha menos chakra do que eu mesmo. Poderia ter se elevado acima da mediocridade. Mas não. Antes mesmo de se contaminar com estes seres humanos que está tentando proteger, e eu sei, você quer ganhar tempo, está tão claro em sua mente... nunca conseguiu esconder muito de mim, fora aquela mentira desesperada das crianças que resgatou, e que agora são ingratas e viam suas armas contra você... já era fraco. De íntimo mole. Nunca teve ambição nem desejos maiores do que existir. Só existir é algo digno de pena. Eu vou dizer como as coisas serão, Shokujinki. E como seu superior você vai me obedecer. Você pode brincar com seu mundo cheio de coisas bonitas e continuar protegendo o rapaz que você ama como um filho, e aquelas monstruosidades de escamas que se afeiçoou, e aquela vila de pessoas que descendem do nosso povo e que por algum golpe de sorte selaram Kaguya. Nas minhas condições. A primeira coisa que vai fazer é abandonar seus laços com estas pessoas próximas. A segunda é destruir a mais velha das três crianças, a que começou esta guerra infantil achando que cuspindo para o alto podem apagar as estrelas do céu... ela está fraca, seu corpo foi contaminado, e você vai encontrá-la bem acima de você. Nas nuvens, é onde se esconde"

"E a terceira condição é que vai fazer de tudo para acabar com os brinquedos de metal e de carne desta criança insolente que amaldiçoa o nome de Ootsutsuki. Faça isto e não vai ganhar o meu perdão, mas... garantir que eu não esteja aí. Porque se eu for para aí, agora, eu vou fazer o que Kaguya não teve coragem por sua ambição. E eu não vou me apresentar como Momoshiki. Eu tenho outra semente divina comigo, do último mundo que cultivei. Vou apenas jogar a criatura de sua atmosfera, onde estou, e deixar que amadureça e que estes humanos morram sob sua forma de fera"

"Agora, meu irmão. Você vai me obedecer ou me desacatar? Daí vou ter que arrancar você do meio dos ossos destas criaturas. E levá-lo de volta"

[Shokujinki]

"Eu... eu..."

E toda a esperança dentro dele morre naquele instante. Ele sabe de até onde Issunshiki iria para cumprir a sua vontade.

O Infinito Tsukuyomi é um ato de piedade perto do que aquela mão é capaz de trazer.

Shokujinki, o 'Ootsutsuki que possui misericórdia'.

Issunhiki, o 'Ootsutsuki que não conhece misericórdia'

Então abaixa a cabeça. Por Izumi. Pelos dragões. Por Konoha. Pelas pessoas inocentes daquele mundo, ele se humilha.

"Eu vou obedecer, meu parente*. Eu deixarei meus laços para trás. Eu irei matar pessoalmente Sakradevanam. E eu... depois eu cuidarei como posso do resto. Eu juro"

*Ootsutsukis canonicamente não se referem por laços, apenas 'parente'.

[Uchiha Akio]

"Sim, você vai fazer"

Issunshiki levia naquele plano psíquico até ele, as bordas do seu quimono flutuando sem sustentação.

"Eu vou observar vocês, porque o erro tolo de Momoshiki foi confiar apenas na força. Se você violar qualquer das suas promessas, eu irei aparecer para destruir a vida. O mundo será tingido de branco para que reinicie e traga na próxima era sustento para nosso povo. E se surgirem indivíduos que ameacem a Ootsutsuki ou procurem nossos poderes... de novo..."

A leve insinuação de uma ameaça mais pesada do que a espada.

"... não preciso me repetir. Eu estarei de olho em todos vocês. Até o próximo encontro. Shokujinki"

E ele retorna ao controle de sua mente.

[Shokujinki]

Sobre as terras do País dos Campos de Arroz, ele contempla as nuvens acima, sem nenhuma alegria ou senso de justiça em fazer o que deveria ter sido feito pelos legítimos habitantes daquele mundo. Mas, por outro lado, quem começou este erro tem que consertar ele com as próprias mãos.

Bahamut

Suba comigo. Mais para o alto. Aponte para aquele aglomerado de nuvens, eu lhe peço. A grande inimiga está lá instrui Shokujinki quando a carapaça externa da base aérea da Lua Negra desponta por entre a camuflagem das stratus (tipo de nuvem).

Shokujinki encontra-a, com seu doujutsu, sendo tratada sobre uma cama.

"GIGA FLARE"

Spoiler:

O baixar das cortinas daquela que foi uma menina, que ele tomou pela mão com outras duas crianças, e que iniciou esta guerra pelo sofrimento da perda de um mundo, cai agora sobre o palco.

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